sábado, 8 de junho de 2013

SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM

Seguindo a proposta de atividade do Módulo 3


Para aproveitar as possibilidades de trabalho que este fórum vai proporcionar a você, é importante retomar os textos “Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona)”, de Joaquim Dolz & Bernardo Schneuwly, e “Letramento e capacidades de leitura para a cidadania”, de Roxane Rojo, trabalhados no encontro presencial, pois poderão embasar melhor suas considerações. Depois, atender ao seguinte encaminhamento:


1. postar a situação de aprendizagem construída a partir dos textos “Avestruz”, de Mário Prata, “Pausa”, de Moacir Scliar, e “Meu primeiro beijo”, de Antonio Barreto, também apresentados no encontro presencial;

2. ler e comentar as situações de aprendizagem publicadas por seus colegas de grupo;  
  
3. realizar as adaptações da situação de aprendizagem, em conformidade com as sugestões feitas pelos colegas, caso seja conveniente para você; 

4.publicar novamente, no fórum, a situação de aprendizagem, caso tenha sido alterada;

5.indicar ao representante de seu grupo que o material poderá ser levado para o blog do grupo.



O objetivo deste fórum é partilhar, comentar, sugerir, inferir as possibilidades de ampliação e de realização dessas Situações de Aprendizagem.




Referências

BAKHTIN, M. M./VOLOCHINOV, V. N. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1992.
BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. In:______ Balada do Primeiro Amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-136.
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (Francófona). In: ______. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2012. p. 35-60.
GUEDES, Paulo Coimbra; SOUZA, Jane Mari de. Leitura e escrita são tarefas da escola e não só do professor de português. In: Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. 9. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2011.
PIMENTEL, Carmem. Comunicação e educação em rede: blogs na escola. Salto para o Futuro – Cultura Digital e Escola. Ano XX, boletim 10, 2010.
PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/6º ano. vol. 2. Caderno do aluno (p. 9) e Caderno do professor (p. 18).
ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. In: Curso EaD/EFAP. Leitura e escrita em contexto digital – Programa Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade. 2012.

terça-feira, 4 de junho de 2013

DEPOIMENTOS DE LEITURA E ESCRITA



Ana Lídia Pereira Travassos 


As lembranças das minhas primeiras leituras  vem  acompanhadas de uma avalanche de emoções. Não podemos mudar nossa história e decidi não resumir o meu depoimento de Leitura e Escrita.

Comecei a ler ainda na primeira série, porém tive dificuldades com a palavra escrita e falada. Minha experiência leitora iniciou-se aos oito anos de idade no grupo de Vicentinos, quando eu acompanhava o meu pai nas reuniões nas manhãs de domingos. E assim que aprendi a ler eu queria mostrar que já sabia ler. E incrível por estar em um grupo de adultos eu me sentia segura e encorajada.
  

Depois disso, foram as leituras orais em sala de aula. Elas eram mais complicadas, pois eu trocava o /r/ por /l/ ou os omitia..rs. E o julgamento dos colegas quando eu errava me entristecia. Eu queria ler e queria acertar. E enfrentava o desafio.  Escrever a mão hoje  é difícil para mim, pois minhas mãos nem sempre querem colaborar comigo. Parte dessa salada de letras melhorou 90% após começar a utilizar o editor de textos "word".  Pois me condicionei a me corrigir automaticamente ao digitar. Já quanto à pronúncia resolvi assim: eu ficava treinando soletrar as palavras em voz alta. Não me lembro de onde li a informação, mas fiz isto durante a minha 6ª e 7ª séries até superar. Superei aos 30 anos.
    

Tenho muitas histórias leitoras e escritoras. Encantava-me ouvir os professores e os adultos que liam bem. Também nesta fase amava ler Monteiro Lobato e assistir ao programa Sítio do Pica-pau Amarelo e, em  especial,  a Boneca Emília e suas  peripécias. Já com 11 anos identifico-me com o conto Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector, quanto leitora.  http://professoraanalidiatravassos.blogspot.com.br/2011/10/leituras-e-encantos-felicidade.htmlAos meus  10 anos, 11 meses e 23 dias minha família e eu viemos para São Paulo ( 23 de julho de 1978). E, como era no meio do ano letivo, meus pais não puderam comprar todos os livros  didáticos para nós. Devido ao processo de mudança e  as dificuldades do novo estilo de vida. Comecei trabalhar aos 12 anos e com 14 anos já estudava à noite e tenho alegria disso. Contudo, eu estudava na hora do almoço, no ônibus e passava meus dias me torturando por não poder ler e fazer minhas lições.

O uso da produção de textos no computador foi uma ajuda para sincronizar o meu pensamento com a minha escrita. Na parte de leitura, o uso do computador me levou a ler mais, uma vez que não cheguei a fazer os cursos tradicionais de computação e tive que aprender rápido para o trabalho, Então, me mostraram que cada programa tinha um ponto de interrogação e eu devia clicar para ter  a AJUDA:  e comecei a ler a ajuda dos programas e, fui lendo, abrindo janelas, aprendendo e estou aprendendo assim. O que  falta é tempo hoje....rs.

As energias da poesia e a magia da prosa  já me salvaram  por diversas vezes!. Abriram-me mundos.   Por meio dos meus queridos,  Drummond, Clarice Lispector,  Machado de Assis, Cecília Meireles,  Guimarães Rosa, Adélia Prado, Mário Quintana, Rubem Alves  etc. Ah! E o nosso Fernando Pessoa que me deu a ideia de me  multiplicar como escritora... rs.  Já até adotei uns heterônimos. Só  que  escolhi  um(a) das personagens  do Gabriel Garcia Marquez. Arrisco-me a escrever poesias, algumas são românticas e melosas demais para o meu gosto. E como escrevente de textos oficiais, pedagógicos e na área comercial me policio constantemente.  Pois amo mesmo é a transgressão permitida pela liberdade poética, a dupla interpretação das possíveis inferências ou dúvidas que podemos deixar em aberto na poesia: a licença poética.  Arrisquei-me a iniciar escrever um  livro e acredito que ele precisa ter vida própria ! Ele está na gaveta há anos, esperando o nosso amadurecimento pessoal e profissional.

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Ana Paula Batista Pereira de Moraes

Olá Colegas de Curso,

Ler e escrever foram meus "amigos" de infância: filha de pais separados, a única a ficar com a mãe que tinha uma jornada extensa de trabalho, ler e escrever foram as práticas que mantiveram meus sonhos acordados, em meio a realidade triste de uma separação, tendo a falta do pai, mãe, irmão, o desfeito. Foram os livros que atenuaram minha existência.

Em especial, tenho três grandes momentos que envolvem estas duas manifestações, ler e escrever.

Lembro de quando aprendi a ler, através de uma leitura feita pela minha mãe: eu já decodificava os sons, mas não tinha o letramento. Então, ao perguntar para minha mãe sobre o que estava escrito no livro, deliciei-me com sua leitura entonada que foi preponderante para minha compreensão e também para minha paixão pelas estórias. 

Na sexta série participei de um concurso de poesias e após algumas etapas ganhei o primeiro lugar, o que me deixou muito feliz e confiante.

Já na faculdade, ao escutar a professora de literatura ler "A menina de lá", de Guimarães Rosa (Primeiras Estórias), tive um encantamento e identificação com a leitura que decidi que meu trabalho de conclusão de curso giraria em torno desta narrativa, e não deu outra: fiz meu tcc defendendo a tese " O mito e seu nascimento na linguagem através do conto de G. Rosa 'A menina de lá", que me causou grande orgulho e prazer, tamanha a dedicação na qual fui acometida por conta do amor pela obra/universo roseano.

Enfim, os escritos sempre guardados embaixo do teclado do computador, nos cadernos e agendas agora tem destino certo em meu blog, http://teimosiainsanapaula.blogspot.com.br/ (um pouco adormecido, por conta da correria)  onde posso registrar/compartilhar minhas ideias, minhas leituras sobre as coisas do dia-a-dia, celebrar a vida através das palavras.


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Anderson Mário da Silva

Desde que fui alfabetizado sempre fui um leitor compulsivo, me recordo que nas minhas férias da segunda série viajei com a família e na casa em que ficamos havia uma coleção muito boa de HQ; passei boa parte das férias lendo aqueles gibis, foi minha primeira experiência significativa de leitura.

 Durante minha infância era disciplinado de forma rígida sempre que desobedecia minha mãe; porém, logo que cresci, os métodos mudaram, passei a ficar de castigo próximo a estante de livros de casa, e a única coisa que podia fazer durante o castigo era ler, com isso aprendi a amar os livros e as coisas que aprendia com eles, pois passava muito tempo da semana  lendo-os.

Quando cheguei à faculdade já tinha lido muita coisa, era o momento em que as bibliotecas públicas estavam em alta, então eu pegava muitos livros emprestados e sempre os “devorava”. Sou o tipo de leitor que quando aprecia um livro, lê sem parar até conhecer o final da história, na verdade deixo minhas tarefas de lado e vou dormir muito mais tarde de tão envolvido com a leitura.

Recentemente iniciei a leitura das Crônicas de Gelo e Fogo. Tem sido uma leitura prazerosa e rápida, pois a história é muito boa, o problema é que minha esposa se queixa que eu não dou atenção a ela enquanto estou lendo, ainda bem que estou terminando.

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Andrea Valentim Garcia
  
A minha história com a leitura se deu por ser filha caçula de uma família grande. Meus pais tiveram sete filhos e eu fui a "raspa do tacho". Minhas irmãs já eram quase todas adultas quando eu nasci e por isso, eu era um tanto quanto paparicada. E aí, começou, uma delas sempre me presenteava com livros. Tinha a coleção inteira do Sítio do Pica-pau amarelo, como não sabia ler. cada noite uma delas me contava uma história. Lembro-me que cada noite era uma sensação diferente, ora medo, ora piedade, ora orgulho. Havia uma história que me fascinava, a do "Minotauro", sentia um medo absurdo, mas sempre pedia para lê-la novamente.

Quando comecei a ler sozinha, devorava livros. Minhas irmãs tinham a coleção completa do "Vagalume" e eu li todos várias vezes.

Hoje, tenho uma bebê de três aninhos e faço a mesma coisa com ela, sempre a presenteio com livros, e por incrível que pareça, ela troca qualquer passeio na Ri Happy por uma passadinha na Siciliano.
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LEIA O TEXTO:

Paulo Coimbra Guedes e Jane Mari de Souza

Referência bibliográfica

GUEDES, PAULO COIMBRA,; SOUZA, JANE MARI de. Leitura e escrita são tarefas da escola e não só do professor de português. In: Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. 9 ed. Porto Alegre, RS: Editora da UFRGS, 
2011.

QUEM SOMOS


TURMA 128 - Grupo1 - ANA LÍDIA PEREIRA TRAVASSOS, ANA PAULA BATISTA PEREIRA DE MORAES, ANDERSON MÁRIO DA SILVA, ANDREA VALENTIM GARCIA. TUTORA: LAUDENIRA CORDEIRO BENEVIDES DOS SANTOS. 

Representante do grupo: Ana Lídia P. Travassos



ANA LÍDIA P. TRAVASSOS


Sou professora, sou mãe, sou filha e tenho uma família que amo. Sou uma romântica confessa. Uma curiosa nata! Uma eterna apaixonada pela vida,  amante da poesia e dos livros!

Ingressei na Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo 1997. No mesmo ano que iniciei minha graduação em Letras. Conclui o curso em 2000. Após  aprovação nos concursos de Inglês e Português, assumi ambos os cargos em 2005. 

Meu grande desafio foi ministrar aulas de Inglês. Pois saí da faculdade sem a fluência ideal. E, me esforçava muito planejando as aulas, pesquisando e ficando "antenada". E foi por meio das músicas de sucesso, bem ao gosto dos nossos alunos, que consegui vencer o desafio. Além de aliar o prazer à aprendizagem. Contudo, em 2008 exonerei o cargo de Inglês e sinto saudades.

Já quanto a lecionar Língua Portuguesa, considero um desafio ainda maior. Devido à eloquência e dinâmica que ela nos impõe.

Gosto de aprender! Fato que me levou procurar a entender mais o processo ensino-aprendizagem. Estou no 4º semestre  da Graduação em Pedagogia -Universidade Federal de São João Del-rei. A graduação é a distância com provas presenciais e mais 1001 fóruns e leituras on-line.


No momento estou trabalhando com projetos em parceria com meus colegas professores, participo na elaboração  e na execução dos projetos PRODESC, CULTURA É CURRÍCULO, OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA, SOLETRANDO ESCOLAR etc. Além de corroborar nas atividades pedagógicas. Sinto-me orgulhosa de poder desempenhar minhas habilidades que enaltecem  a minha escola: E.E. Ana Maria Poppovic. Todo esse trabalho tendo sido possível  desde outubro de 2010.  Enfrentamos muitos obstáculos na área da educação, e creio que a literatura tem um papel primordial para desenvolver as sensibilidades: (...) sem a educação das sensibilidades, todas as outras habilidades são tolas e sem sentido (...) Rubem Alves.

Conto com vocês para a realização das tarefas e trocas de materiais do Curso de Formação de Professores - Melhor Ensino, Melhor Gestão. 1ª  Edição - 2013. Acredito que a partir de agora podemos somar sempre mais as nossas experiências de  práticas de ensino e aprendizagem.  Indo ao encontro de nosso crescimento  profissional e pessoal.
(...) Mire, veja: O mais importante é bonito do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, (...) afinam e desafinam, verdade maior (...)ROSA, Guimarães. Grande Sertão: Veredas

ANA PAULA BATISTA PEREIRA  DE MORAES

Sou professora de português e acredito na profundidade em potencial que cada indivíduo carrega dentro de si.


Sempre li muito e sou mais de lá do que de cá. São os livros que amenizam a pressão de uma existência cada vez mais acentuada pelo mistério conforme percebo a cada dia vou lendo e aprendendo. Adoro compartilhar e aprender com os outros, mão dupla que nossa profissão nos propicia. Portanto, sigo em frente, ora por uma via, ora em outra. Caminhos, veredas. Onde tudo isso vai parar, sei não. Já não me pergunto, faço.


ANDERSON MÁRIO DA SILVA

Vou ser pai em 2014. Sou de Diadema, me formei em Letras - Linguística, em 2007, e magistério em 2002. Adoro meu trabalho, estou sempre envolvido em atividades e projetos, pois gosto da agitação - movimento - e de desafios, o desse ano é publicar um livro dos alunos... Sou leitor compulsivo, atualmente devorando as Crônicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin; gosto muito de filmes também, mas falta tempo para assistir tudo o que gostaria no momento. Espero deste curso inovação..

ANDREA VALENTIM GARCIA 

Meu nome é Andréa Valentim Garcia, sou casada há 15 anos e há três Deus me presenteou com uma estrelinha linda, Anna Luisa. Sou professora há 6 anos apenas e amo o que eu faço, mesmo com toda dificuldade que temos em sala de aula.


Tenho paixão pela língua portuguesa e a parte que sempre me fascinou é a gramática e todas as suas regras. Hoje, num modo diferente de praticá-la, busco conhecimento em cursos e autores para me adaptar a esta nova didática.